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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lúdico

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sábado, 21 de novembro de 2009

Reletindo sobre trabalhar com Surdos

Refletindo sobre Recursos Visuais Postado por Trabalhando com surdos .

Marcadores: Recursos visuais

Algumas atividades podem contribuir para aquisição da leitura e escrita do aluno surdo. É importante não se equivocar com relação ao uso dos recursos visuais, venho notando que alguns professores resumem o uso de recursos visuais a vídeos legendados e cartazes.
É necessário um olhar crítico sobre esse procedimento, pois não é suficiente o professor apresentar um conteúdo novo, através destes recursos e logo após pedir uma produção textual de um aluno surdo.
É válida a tentativa do professor de usar cartazes ou até mesmo vídeos legendados, isso vai ajudar no entendimento do enredo do Tema. O que precisamos ter em mente é que diferente do ouvinte o surdo não chega á escola com um conhecimento prévio, com uma Língua. Todo conhecimento será repassado pela escola, sendo assim ao trabalhar um texto, o professor deve explorar de forma criativa, e diversificada dos os recursos possíveis.
Tudo isso deve tem como aliado o texto, devemos levar o aluno a ter contato com o texto escrito, esse contato pode acontecer, após o vídeo, ou exposto no quadro de giz ao lado de cada gravura, para que este relacione o escrito com as cenas.
O professor pode explorar atividades que envolvam conteúdos do texto, aproveite os contos e as fábulas para trabalhar de forma interdisciplinar, fazendo com que o estudante faça relação ao tema em contextos distintos. Atividades podem ser desenvolvidas para reforçar a leitura e a escrita, sendo assim o Surdo terá oportunidade de rever as palavras.
Utilize metodologias diferentes, planeje atividades, com diferentes graus de dificuldades, mudar a temporalidade dos conteúdos, faça uma opção por trabalhar com projetos, pois um tempo maior, pode fazer com que o professor note mudanças no processo ensino aprendizagem do aluno Surdo.


fonte:http://trabalhandocomsurdos.blogspot.com/search/label/Recursos%20visuais

Educação especializada - LIBRAS

PARA EDUCADORES DO BRASIL.

Projeto Arara de Leitura Projeto Arara de Brinquedo Biblioteca Digital em Libras Caderno Acadêmico Centro Virtual de Cultura Surda
Revista Virtual de Cultura Surda e Diversidade
Pesquisas em Estudos Surdos /
AC_FL_RunContent( 'codebase','http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=9,0,28,0','width','50','height','10','src','menu_revista','quality','high','pluginspage','http://www.adobe.com/shockwave/download/download.cgi?P1_Prod_Version=ShockwaveFlash','movie','menu_revista' ); //end AC code

Livro Didático Digital/MEC

Boa pesquisa.
Espero que seja para o seu melhor.
Um forte abraço.
Publicada por Educadora Susana Weyl

FONTE:http://tiabolinha.blogspot.com/2009/07/seja-feliz.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

HENRY WALLON E A PSICOMOTRICIDADE

Henry Wallon e a Psicomotricidade:

Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, começou a relacionar a motricidade com a emoção, explicando que chamou de “diálogo tônico-emocional”. E com essa teoria, temos o fim do dualismo cartesiano que separa o corpo do desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. É possível, através de uma ação educativa, de movimentos espontâneos e atitudes corporais, favorecer a gênese da imagem do corpo, núcleo central da personalidade, os principais objetivos da educação psicomotora, assegura o desenvolvimento funcional tendo em conta possibilidades da criança; ajudar a afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano; englobar diversas atividades oferecidas às crianças de forma seqüencial observando a etapa de desenvolvimento em que elas se encontram.
A estimulação Psicomotora Precoce, educação e prevenção de distúrbios, interferindo e estimulando os vários níveis de expressão corporal encontrados no bebê.
A principal Estratégia da Psicomotricidade, se relaciona, ao ato de brincar, desenvolve habilidades de forma natural e agradável, proporciona a aquisição de novos conhecimentos, é estimulante e desenvolve a parte motora, social, emocional e cognitiva. Incluem jogos, brincadeiras é o "brinquedo" propriamente dito. Podem-se distinguir dois tipos de intervenção em psicomotricidade: a terapêutica e a educativa. No primeiro âmbito, encontram-se a reeducação psicomotora, a terapia psicomotora e a clínica psicomotora. No segundo, fala-se em educação psicomotora, a qual tem um caráter eminentemente preventivo, facilitador do desenvolvimento do sujeito, em geral, aplicada às crianças em situação escolar. Busca trabalhar a criança e o grupo em movimento; através da ação espontânea ou organizada a priori. Beneficia-se a integração de si em relação com o outro e ao meio em geral. A Educação Psicomotora, conforme o exposto é compatível com a teoria psicogenética de Wallon, na medida em que respeita a complexidade do ser humano, compreendendo-o em sua multidimensionalidade psíquica, corporal e social, propondo-se a superar as dicotomias corpo-mente, indivíduo-sociedade e razão-emoção, heranças da visão cartesiana de homem que perpassa diversas reflexões ocidentais. A primeira função do movimento, apontada por Wallon em sua psicogenética no estágio tônico-emocional é a de promotora do vínculo social. O autor vê na agitação e choro do bebê um recurso que mobiliza o adulto emocionalmente a fim de que as necessidades da criança sejam seguramente atendidas. Este é um mecanismo bem primitivo do neonato, que dada à imperícia inicial de sua motricidade, apela ao outro para garantir o elo e os cuidados necessários à sua sobrevivência. É no contato mãe-bebê que se instala o diálogo tônico-corporal.
Embora possamos falar e identificar momentos de motricidade de relação pura como é o caso da relação mãe-bebê, ou de enamorados. E, embora possamos falar e identificar momentos de motricidade de realização pura, como quando utilizamos corretamente um talher para nos alimentar; em geral, encontramos um misto destas. Assim, podemos formular que há um diálogo possível entre motricidade de relação e de realização, do mesmo modo que ocorre interação entre afetividade e inteligência ou cognição.

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REFERÊNCIA:


DANTAS, P. Para conhecer Wallon: uma psicologia dialética. São Paulo: Brasiliense, 1983.

NASCIMENTO, L.; MACHADO, M. T. Psicomotricidade e aprendizagem. Rio de Janeiro: Enelivros, 1986

http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Paul_Hyacinthe_Wallon

http://www.psicomotricidade.com.br


FONTE:http://frankboniek.blogspot.com/2008/12/hary-wallon-e-psicomotricidade.html
 

 

 

 
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HENRI WALLON - O Educador INtegral

Henri Wallon - O educador integral
Militante apaixonado, o médico, psicólogo e filósofo francês mostrou que as crianças têm também corpo e emoções (e não apenas cabeça) na sala de aula

Foto: Roger ViolletFalar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon (1879-1962). Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.

Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino".

As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino.

Biografia

Henri Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em medicina e psicologia. Fez também filosofia. Atuou como médico na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se professor da Universidade Sorbonne e vicepresidente do Grupo Francês de Educação Nova – instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, em 1962. Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças. Militante de esquerda, participou das forças de resistência contra Adolf Hitler e foi perseguido pela Gestapo (a polícia política nazista) durante a Segunda Guerra (1939-1945). Em 1947, propôs mudanças estruturais no sistema educacional francês. Coordenou o projeto Reforma do Ensino, conhecido como Langevin-Wallon – conjunto de propostas equivalente à nossa Lei de Diretrizes e Bases. Nele, por exemplo, está escrito que nenhum aluno deve ser reprovado numa avaliação escolar. Em 1948, lançou a revista Enfance, que serviria de plataforma de novas idéias no mundo da educação – e que rapidamente se transformou numa espécie de bíblia para pesquisadores e professores.

Afetividade

As transformações fisiológicas em uma criança (ou, nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam traços importantes de caráter e personalidade. "A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer", explica Heloysa Dantas, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), estudiosa da obra de Wallon há 20 anos. Segundo ela, a raiva, a alegria, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos ganham função relevante na relação da criança com o meio. "A emoção causa impacto no outro e tende a se propagar no meio social", completa a pedagoga Izabel Galvão, também da USP. Ela diz que a afetividade é um dos principais elementos do desenvolvimento humano.

Wallon na escola: humanizar a inteligência


Desenho ilustra a proporção do corpo:
pessoa como um todoDiferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula), a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo coreografias da história contada pelo professor. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.

Movimento

Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação. Por que, então, a disposição do espaço não pode ser diferente? Não é o caso de quebrar a rigidez e a imobilidade adaptando a sala de aula para que as crianças possam se movimentar mais? Mais que isso, que tipo de material é disponibilizado para os alunos numa atividade lúdica ou pedagógica? Conforme as idéias de Wallon, a escola infelizmente insiste em imobilizar a criança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da pessoa.

Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro porque, ao mesmo tempo, suas idéias são lineares e se misturam – ocasionando um conflito permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e culturais.

Um mundo em crise


Soldados celebram o fim da Primeira Guerra
em Paris: conflitos em série.
Foto: HULTON ARCHIVE/Getty ImagesCrises sociais e instabilidades políticas foram fundamentais para o francês Henri Wallon construir sua teoria pedagógica. As duas grandes guerras mundiais, o avanço dos regimes fascista e nazista na Europa, a revolução comunista na Rússia e as guerras pela libertação das colônias africanas, na primeira metade do século 20, serviram de estímulo para que ele organizasse suas idéias. A valorização da afetividade (emoções) como elemento essencial no desenvolvimento da pessoa trouxe um novo alento à filosofia da educação. Isso explica, em parte, a visão marxista que deu à sua obra e por que aderiu, no período anterior à Primeira Guerra, aos movimentos de esquerda e ao Partido Socialista Francês. "Ditadura e educação", dizia ele, "são inimigos eternos."

Nesse conflito entre situações antagônicas ganha sempre a criança. É na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo (mistura de idéias num mesmo plano), bastante comum nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas.

O eu e o outro

A construção do eu na teoria de Wallon depende essencialmente do outro. Seja para ser referência, seja para ser negado. Principalmente a partir do instante em que a criança começa a viver a chamada crise de oposição, em que a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso se dá aos 3 anos de idade, a hora de saber que "eu" sou. "Manipulação (agredir ou se jogar no chão para alcançar o objetivo), sedução (fazer chantagem emocional com pais e professores) e imitação do outro são características comuns nessa fase", diz a professora Angela Bretas, da Escola de Educação Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. "Até mesmo a dor, o ódio e o sofrimento são elementos estimuladores da construção do eu", emenda Heloysa Dantas. Isso justifica o espírito crítico da teoria walloniana aos modelos convencionais de educação.

Para pensar

A teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitos pais, escolas e professores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa, não seria melhor começar a pôr em prática nas escolas idéias mais humanistas, que valorizem desde cedo a importância das emoções?
Quer saber mais?

Henri Wallon: uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, Izabel Galvão, 136 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2246-5552, 20 reais
A Infância da Razão: Uma Introdução à Psicologia da Inteligência de Henri Wallon, Heloysa Dantas, 112 págs., Ed. Manole, tel. (11) 4196-6000 (edição esgotada)
As Origens do Caráter na Criança, Henri Wallon, 278 págs., Ed. Nova Alexandria, tel. (11) 5571-5637 (edição esgotada)
As Origens do Pensamento na Criança, Henri Wallon, 540 págs., Ed. Manole (edição esgotada)
Piaget, Vygotsky e Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão, Yves de la Taille, Marta Kohl de Oliveira e Heloysa Dantas, 120 págs., Summus Editorial, tel. (11) 3865-9890, 26,90 reais



fonte:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/educador-integral-423298.shtml
 

 

 

 
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

A importância da Psicomotricidade Para o Psicólogo

A importância da Psicomotricidade para o psicólogo


Por Anderson Vilhena Santoro Mariano, Psicólogo Psicomotricista



Nos últimos anos, um número cada vez mais expressivo de psicólogos, em suas diversas áreas de atuação – clínica, educacional e organizacional, tem recorrido a uma técnica, uma abordagem chamada Psicomotricidade. A abordagem psicomotora propõe uma visão holística do homem, integrando as funções cognitivas, motoras e emocionais, pensando o homem em sua interação no contexto psicossocial.

Para entendermos a importância que a Psicomotricidade assume no contexto da psicologia ressaltamos o número significativo de crianças que chegam à clínica com queixas escolares, como, por exemplo, dificuldade na alfabetização e problemas na interação social.

Ao pensarmos na infância hoje, nos damos conta da falta de espaço que a criança tem para brincar, seja por questões sociais ou pela própria dinâmica familiar. A violência e o medo impedem que as crianças brinquem na rua, o excesso de atividades como inglês, computação, judô, futebol, a falta de tempo dos pais para estarem com seus filhos, para levá-los a um parque, por exemplo, constituem fortes características da infância. A tecnologia presente na vida da criança desde muito cedo também é um fator de destaque no contexto atual – computador, vídeo game. Todas essas situações restringem muito o brincar da criança que é a fonte de descobertas, de aprendizagem, não só em relação com si mesma, mas em interação com o grupo. A criança é capaz de passar horas sozinha, na frente do computador ou da televisão, mas não consegue brincar de pular corda. Pode se mostrar desajeitada ao tentar subir em uma árvore, porém irá ter uma habilidade fantástica ao manusear o controle do vídeo game. As atividades acabam sendo, em grande parte, solitárias e sem estimulação motora. A criança não corre mais, não percebe os movimentos que pode realizar, não domina seu próprio corpo, sentindo-se insegura em relação com o mundo.

Essa realidade irá repercutir no desenvolvimento emocional, cognitivo e social, restringindo possibilidades nas aquisições motoras que serão a base para muitas aprendizagens escolares.

Por exemplo, a criança que não tem o domínio corporal e que, portanto, não sabe com que lado desempenha as suas atividades com maior facilidade e desenvoltura, exercendo – indiscriminadamente – ora uma atividade com membro direito, ora com membro esquerdo, terá mais dificuldade para reconhecer as noções de esquerda e direita sendo essas noções importantes num processo de aprendizagem mais sistemática. Talvez essa criança não reconheça com facilidade a diferença do das letras p,b, q, d.

Toda criança se sente bem na medida em que seu corpo lhe obedece, que o conhece bem, que se sente segura e confiante ao se movimentar e ao agir. Como exemplo podemos citar a criança que consegue se vestir sozinha, que manuseia com facilidade os talheres à mesa é certamente uma criança mais realizada e satisfeita com suas conquistas, pode por isso ser mais valorizada e reconhecida pela escola, família e amigos, favorecendo a auto-estima e a auto-imagem positiva.

Ampliando essas questões podemos pensar no adulto que expressa no corpo o seu modo de ser. Mesmo à distância é possível identificarmos uma pessoa mais insegura ou aquela mais agressiva, assertiva, simplesmente pela maneira de se portar, andar, gesticular. O corpo é o berço de uma vivência emocional, e é justamente esse corpo um dos focos de estudo da Psicomotricidade. O quanto essas questões emocionais podem ser trabalhadas na medida em que haja uma intervenção corporal. Novas vivências emocionais dependem de uma nova relação com o próprio corpo.

Por fim, citamos o homem em seu contexto profissional. A Psicomotricidade com suas propostas de vivência em grupo procura estimular e favorecer a comunicação, o trabalho em equipe, o despertar para a liderança, na medida em que faz pensar e falar aquele que participa da proposta. Valores como participação, solidariedade, espírito de equipe, entre outros são trabalhados nas propostas psicomotoras.

Assim, a Psicomotricidade procura instrumentalizar o homem, não só a partir de sua vivência corporal, mas também da vivência sócio-emocional e cognitiva, para que este, mais realizado e satisfeito com suas conquistas, perceba-se em sua totalidade vivenciando sua existência de modo pleno.

Anderson Vilhena Santoro Mariano
Psicólogo Clínico e Psicomotricista



fonte:http://www.espacocuidar.com.br/psicologia/artigos/a-importancia-da-psicomotricidade-para-o-psicologo