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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

HENRY WALLON E A PSICOMOTRICIDADE

Henry Wallon e a Psicomotricidade:

Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, começou a relacionar a motricidade com a emoção, explicando que chamou de “diálogo tônico-emocional”. E com essa teoria, temos o fim do dualismo cartesiano que separa o corpo do desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. É possível, através de uma ação educativa, de movimentos espontâneos e atitudes corporais, favorecer a gênese da imagem do corpo, núcleo central da personalidade, os principais objetivos da educação psicomotora, assegura o desenvolvimento funcional tendo em conta possibilidades da criança; ajudar a afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano; englobar diversas atividades oferecidas às crianças de forma seqüencial observando a etapa de desenvolvimento em que elas se encontram.
A estimulação Psicomotora Precoce, educação e prevenção de distúrbios, interferindo e estimulando os vários níveis de expressão corporal encontrados no bebê.
A principal Estratégia da Psicomotricidade, se relaciona, ao ato de brincar, desenvolve habilidades de forma natural e agradável, proporciona a aquisição de novos conhecimentos, é estimulante e desenvolve a parte motora, social, emocional e cognitiva. Incluem jogos, brincadeiras é o "brinquedo" propriamente dito. Podem-se distinguir dois tipos de intervenção em psicomotricidade: a terapêutica e a educativa. No primeiro âmbito, encontram-se a reeducação psicomotora, a terapia psicomotora e a clínica psicomotora. No segundo, fala-se em educação psicomotora, a qual tem um caráter eminentemente preventivo, facilitador do desenvolvimento do sujeito, em geral, aplicada às crianças em situação escolar. Busca trabalhar a criança e o grupo em movimento; através da ação espontânea ou organizada a priori. Beneficia-se a integração de si em relação com o outro e ao meio em geral. A Educação Psicomotora, conforme o exposto é compatível com a teoria psicogenética de Wallon, na medida em que respeita a complexidade do ser humano, compreendendo-o em sua multidimensionalidade psíquica, corporal e social, propondo-se a superar as dicotomias corpo-mente, indivíduo-sociedade e razão-emoção, heranças da visão cartesiana de homem que perpassa diversas reflexões ocidentais. A primeira função do movimento, apontada por Wallon em sua psicogenética no estágio tônico-emocional é a de promotora do vínculo social. O autor vê na agitação e choro do bebê um recurso que mobiliza o adulto emocionalmente a fim de que as necessidades da criança sejam seguramente atendidas. Este é um mecanismo bem primitivo do neonato, que dada à imperícia inicial de sua motricidade, apela ao outro para garantir o elo e os cuidados necessários à sua sobrevivência. É no contato mãe-bebê que se instala o diálogo tônico-corporal.
Embora possamos falar e identificar momentos de motricidade de relação pura como é o caso da relação mãe-bebê, ou de enamorados. E, embora possamos falar e identificar momentos de motricidade de realização pura, como quando utilizamos corretamente um talher para nos alimentar; em geral, encontramos um misto destas. Assim, podemos formular que há um diálogo possível entre motricidade de relação e de realização, do mesmo modo que ocorre interação entre afetividade e inteligência ou cognição.

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REFERÊNCIA:


DANTAS, P. Para conhecer Wallon: uma psicologia dialética. São Paulo: Brasiliense, 1983.

NASCIMENTO, L.; MACHADO, M. T. Psicomotricidade e aprendizagem. Rio de Janeiro: Enelivros, 1986

http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Paul_Hyacinthe_Wallon

http://www.psicomotricidade.com.br


FONTE:http://frankboniek.blogspot.com/2008/12/hary-wallon-e-psicomotricidade.html

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